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quarta-feira, 25 de setembro de 2024

Encontro com Curadores do Museu do Ipiranga: Reflexões sobre as Artes do Cotidiano


No dia 24 de agosto, o Museu do Ipiranga recebeu um encontro marcante para discutir as interações entre mobiliário e a vida cotidiana, através da exposição temporária "Sentar, guardar, dormir: Museu da Casa Brasileira e Museu Paulista em diálogo". Com entrada gratuita, o evento atraiu visitantes interessados em entender como os móveis, que compõem nosso cotidiano, moldam e refletem a sociedade brasileira ao longo dos séculos.

Um Diálogo com o Público

Os curadores da exposição, incluindo Giancarlo Latorraca, arquiteto e ex-diretor técnico do Museu da Casa Brasileira, e os professores Paulo César Garcez Marins e Maria Aparecida de Menezes Borrego, diretores do Museu Paulista, compartilharam suas perspectivas sobre as três ações fundamentais que guiam a exposição: sentar, guardar e dormir.

Giancarlo Latorraca trouxe à tona a importância de sentar, apresentando a evolução dos bancos, cadeiras e sofás e como esses móveis foram projetados em resposta às necessidades sociais de cada época. Já os professores Paulo e Maria Aparecida exploraram o conceito de dormir e guardar, discutindo as soluções que móveis como guarda-roupas, camas e cômodas oferecem para as práticas diárias.

A Exposição

A exposição, que fica em cartaz até 29 de setembro, apresenta um total de 159 móveis que datam de 16 a 21 séculos. Esses itens não apenas representam a funcionalidade, mas também o rico diálogo entre as heranças indígenas, portuguesas e afro-brasileiras, além das influências das diversas ondas de imigração que moldaram o Brasil.

As peças foram cuidadosamente selecionadas para estabelecer uma conversa entre os acervos dos dois museus, destacando a complementaridade dos objetos e sua relevância cultural. O uso de imagens dos móveis durante as apresentações ajudou a ilustrar como esses itens do cotidiano têm um significado profundo nas práticas e rituais sociais.

Um Espaço Acessível para Todos

O auditório do Museu do Ipiranga, um espaço acessível e climatizado, foi o cenário ideal para essa troca de ideias. O evento, que começou às 14h, promoveu um ambiente de interação, onde o público teve a oportunidade de fazer perguntas e aprofundar a discussão sobre a relação entre arte, cotidiano e a evolução do mobiliário no Brasil.

Reflexões Finais

O encontro "As artes do cotidiano: sentar, guardar, dormir" não apenas enriqueceu o conhecimento sobre o mobiliário brasileiro, mas também incentivou uma reflexão sobre como as práticas diárias são influenciadas pelo design e pela cultura material. O Museu do Ipiranga reafirma seu compromisso com a educação e a acessibilidade, permitindo que todos possam apreciar e compreender a riqueza da história brasileira.

Para aqueles que ainda não visitaram a exposição, a oportunidade de explorar esses móveis e suas histórias está disponível até o final de setembro. É uma chance imperdível de conectar-se com o passado e entender melhor nosso presente através dos objetos que nos cercam no dia a dia.

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